A Polícia Federal (PF) deflagrou
hoje (11) a Operação Vidas Secas – Sinhá Vitória, que investiga o
superfaturamento de obras de engenharia executadas por empresas em dois dos 14
lotes da transposição do Rio São Francisco. Empresários do consórcio OAS/Galvão/Barbosa
Melo/Coesa utilizaram empresas de fachada para desviar cerca de R$ 200 milhões
das verbas públicas.
Os valores eram destinados à
transposição do rio, no trecho que vai do agreste de Pernambuco até a Paraíba.
Os contratos investigados, até o momento, são de R$ 680 milhões.
Segundo a PF, as investigações
apontaram que algumas empresas ligadas à organização criminosa estariam em nome
de um doleiro e também envolvem um lobista, ambos investigados na Operação Lava
Jato.
Estão sendo cumpridos 32 mandados
judicias, sendo 24 de busca e apreensão, quatro de condução coercitiva e quatro
de prisão, em Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro,
Rio grande do Sul, Bahia e Brasília. Cerca de 150 policiais federais participam
da operação.
Em Salvador, um mandado de busca e apreensão foi cumprido no Condomínio Alphaville, na Paralela, onde mora o presidente da Construtora OAS.
Em Salvador, um mandado de busca e apreensão foi cumprido no Condomínio Alphaville, na Paralela, onde mora o presidente da Construtora OAS.
Os investigados responderão pelos
crimes de associação criminosa, fraude na execução de contratos e lavagem de
dinheiro.
A PF explicou que o nome da
operação, Sinhá Vitória, representa a mulher do sertão, que não se rende à
miséria. Uma personagem descrita no livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos,
como uma mulher forte, que fazia as contas do pagamento recebido do dono da
fazenda onde trabalhavam sempre chegando à conclusão de que eram roubados.
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