A coluna
do jornalista Ancelmo Gois informa que Elena Landau, que tocou o programa de
privatizações de FHC, será a nova presidente da Eletrobrás; a tendência é que
ela coloque à venda os principais ativos sistema elétrico nacional, como Chesf,
Furnas e Eletronorte; novo ministro de Minas e Energia, o imberbe Fernando
Coelho, do PSB, já declarou que o tamanho e o papel da empresa serão
redefinidos; onda de desestatização do governo interino de Michel Temer,
portanto, deve começar pelo setor elétrico
A situação
da estatal de energia Eletrobras, que enfrenta prejuízos bilionários desde
2012, é "insustentável" e exigirá uma revisão do tamanho e do papel
da empresa no país, afirmou nesta sexta-feira o ministro interino de Minas e
Energia, Fernando Coelho Filho.
Ele
adiantou que o governo prepara um plano de vendas de ativos da companhia que
deverá começar com empresas de distribuição e fatias minoritárias em usinas e linhas
de energia.
O ministro
negou, no entanto, que existam planos neste momento para vender as maiores
subsidiárias da estatal que atuam em geração e transmissão de energia --Furnas,
Chesf, Eletronorte e Eletrosul.
"Não
vamos fazer uma liquidação da Eletrobras", disse Coelho Filho a
jornalistas após participar de reunião com o vice-governador de São Paulo,
Márcio França, e empresas de energia no Palácio dos Bandeirantes.
"Mas
tem sim determinação de redefinir o papel e o tamanho da empresa."
Segundo
ele, o governo vai preparar o processo de privatizações com apoio do Ministério
do Planejamento, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) e do próprio ministério e seus órgãos técnicos, como a estatal Empresa
de Pesquisa Energética (EPE).
A ideia é
iniciar as vendas pela distribuidora de energia Celg-D, que atende o Estado de
Goiás, cuja privatização já havia começado a ser preparada pelo governo Dilma
Rousseff, que chegou a definir um preço mínimo para a empresa e contratar o
BNDES para apoiar o processo, mas não chegou a publicar o edital.
"O
processo vai começar com a Celg, até porque já está bem encaminhado, mas não
vai parar por aí, a ideia é seguir adiante... a Eletrobras tem cerca de 180
SPEs (Sociedades de Propósito Específico), as mais diversas... São ativos
importantes, valiosos e não faz sentido na situação que a empresa está manter
todas essas SPEs", disse Coelho Filho.
Ele também
deixou claro que a venda de subsidiárias de distribuição da Eletrobras deverá
ir adiante após a Celg-D.
"Está
muito claro que as distribuidoras não devem ficar sob o guarda-chuva da
Eletrobras", disse.
As sete
distribuidoras da Eletrobras atendem, além de Goiás, Estados das regiões Norte
e Nordeste, como Acre, Amazonas, Alagoas, Piauí, Rondônia e Roraima. As
empresas acumulam prejuízos devido a elevados índices de inadimplência e furtos
e perdas de energia em seus mercados.
Coelho
Filho acrescentou que o governo ainda não definiu uma data para realizar o
leilão da Celg-D.
Para
fechar essas definições, o ministério aguarda, entre outros pontos, a chegada à
equipe do matemático Luiz Barroso, que atualmente é diretor da consultoria PSR,
mas já aceitou convite para presidir a EPE.
Segundo o ministro interino,
Barroso deverá assumir o comando da EPE até o final do mês.
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