Manifestações "para barrar o golpe, exigir a
saída de Michel Temer e defender os direitos" ocorrerão nesta sexta-feira
no Rio de Janeiro, data da cerimônia de abertura da Olimpíada, e no dia 9 de
agosto em todo o Brasil, informa nota divulgada pela Frente Brasil Popular, que
reúne diversos movimentos sociais e centrais sindicais; texto detalha os
aspectos do golpe contra a presidente Dilma Rousseff, ressalta que o presidente
interino vem retirando benefícios dos brasileiros e alerta que a mídia
reforçará, nos próximos dias, uma "cobertura ufanista das
Olimpíadas", dando o golpe como consumado; "O fator decisivo para
assegurar essa virada será a nossa mobilização nessa reta final do impeachment.
Está em jogo o presente e o futuro do povo brasileiro", diz ainda a nota
Em nota
divulgada nesta quinta-feira 4, a Frente Brasil Popular, que reúne
diversos movimentos sociais e centrais sindicais, convoca os brasileiros a
participarem de dois grandes atos contra o presidente interino, Michel Temer, e
o golpe contra a presidente Dilma Rousseff.
Manifestações
"para barrar o golpe, exigir a saída de Michel Temer e defender os
direitos" estão marcadas para acontecer nesta sexta-feira 5 no Rio de
Janeiro, data da cerimônia de abertura da Olimpíada, e no dia 9 de agosto em
todo o Brasil.
O texto
detalha os aspectos do golpe, ressalta que Temer vem retirando benefícios dos
brasileiros e alerta que a mídia reforçará, nos próximos dias, uma
"cobertura ufanista das Olimpíadas", dando o golpe como consumado.
"O
fator decisivo para assegurar essa virada será a nossa mobilização nessa reta
final do impeachment. Está em jogo o presente e o futuro do povo
brasileiro", diz ainda a nota. Leia a íntegra:
Nota
Pública
Enfrentar
o golpe! Derrubar o governo ilegítimo!
A Frente
Brasil Popular convoca todos/as os lutadores/as sociais às ruas do Rio de
Janeiro no próximo dia 05, e de todo o Brasil no dia 09 de agosto para barrar o
golpe, exigir a saída de Michel Temer e defender os direitos. Fora o golpista
Michel Temer e seu governo ilegítimo e interino: este é o brado cada vez mais
forte na sociedade brasileira.
Cientes de
que as urnas não aprovariam o desmonte do patrimônio público e a retirada de
direitos conquistados há décadas pelos trabalhadores e trabalhadoras, os
arquitetos do golpe sabiam que precisavam passar por cima da democracia e da
Constituição Federal para aplicar seu programa radical de arrocho e ajuste
fiscal de longo prazo.
Segundo a
Constituição, a deposição de um presidente da República só é possível caso ele
tenha cometido algum crime. A perícia do Senado isentou Dilma de atuação nas
pedaladas fiscais. Depois, o Ministério Público Federal confirmou o que os
setores democráticos e progressistas da sociedade vêm dizendo: pedaladas
fiscais não configuram crime. Por isso, o parecer da procuradoria indicou o
arquivamento da apuração.
Neste
sentido, é o próprio relatório do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), alegando
a procedência da acusação e defendendo o prosseguimento do processo, que atenta
contra a Constituição. O pedido de impeachment de Dilma Rousseff não tem nenhum
fundamento legal, é um golpe de Estado, planejado e conduzido, inclusive, para
deter as investigações que atingiriam os próprios golpistas.
Não se
trata somente de um golpe contra uma presidenta legitimamente eleita, é também
contra os milhões de votos que estariam sendo cassados, contra a Constituição.
O alvo do golpe é a classe trabalhadora, os setores populares, os direitos
sociais, as liberdades civis e democráticas, o patrimônio público, a soberania
e o Estado Nacional.
A gestão
interina de Temer amplia o déficit público e anuncia um projeto que acaba com a
obrigatoriedade de gastos governamentais em saúde e educação, impondo limites
que significam um verdadeiro desmonte dos serviços públicos. Concretamente,
isto significa o fim do SAMU, a falta de medicamentos, equipamentos e materiais
hospitalares, a precarização dos trabalhadores da saúde e da educação, o
sucateamento das escolas, etc.
Além
disso, Temer diminuiu os recursos do programa Minha Casa, Minha Vida e do Bolsa
Família, anunciou mudanças na Previdência Social, para aumentar a idade mínima
e o tempo de contribuição da aposentadoria, planeja acabar com a política de
valorização do salário mínimo e aumentar a jornada de trabalho para 80 horas
semanais. Sem falar na perversa política de juros altos que só beneficia os
interesses do rentismo.
0 comentários:
Postar um comentário